História
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História


FUNDAÇÃO E PROGRESSSO DE CAPITÃO POÇO

 

ÍNDICE

1- APRESENTAÇÃO

2- ORIGEM

3- FUNDAÇÃO
3.1 - OS PREFEITOS E VEAREADORES

4- POPULAÇÃO

5- INFRA ESTRUTURA

6 - MEIOS DE COMUNICAÇÃO
6.1 - O JORNAL

7 - MEIOS DE TRANSPORTE EXISTENTE

8 - SERVIÇO DE SANEAMENTO BÁSICO

9 - SAÚDE

10 - O MUNICÍPIO
10.1 - ZONA URBANA
10.2 - ZONA RURAL

11 - LIMITES

12 - CLIMA

13 - VEGETAÇÃO

14 - HIDROGRAFIA

15 - ECONOMIA
15.1 - AGROPECUÁRIA
15.2 - EXTRATIVISMO
15.3 - INDÚSTRIA
15.4 - COMÉRCIO E SERVIÇOS

16 - O CÍRIO

17 - AS FESTAS RELIGIOSAS
17.1 - CAMINHADA LUMINOSA DA NOSSA SENHORA DA DIVINA PEROVIDENCIA
17.2 - SANTA LUZIA
17.3 - SANTA RITA DE CÁSSIA
17.4 - 49 DE PENTECOSTES

18 - BIBLIOGRAFIA

*Foto de alguns pioneiros

*Foto de instituições que compõem a infra-estrutura

*Fotos da cidade antes e depois

 



1- APRESENTAÇÃOíndice

Esta história foi desenvolvida através de pesquisas como: consulta a prefeitura, entrevistas com os moradores antigos, fotografias etc. , onde mostraremos como teve inicio a cidade de Capitão Poço até os dias atuais, seu desenvolvimento Econômico, Social e Cultural.

Sua história está vinculada de maneira direta ao processo do chamado avanço das frentes pioneiras que resultaram na instalação de imigrantes, originários de outras partes do território . E para ser constituído como município houve necessidade de desmembrar área patrimonial do município de Ourém.

2- ORIGEM índice

Capitão Poço, recebeu este nome em homenagem ao explorador conhecido pelo nome de Capitão Possolo, o mesmo que integrou parte da caravana de pioneiros que no mês de junho de 1945 , chegou até local onde hoje se localiza a sede do município, ele era um pirata cuja nacionalidade supõe-se que foi espanhol ou peruano, porém devido a dificuldade na pronúncia, passou a chamar-se Capitão Poço.

Outra versão é que um homem chamado Capitão Possôlo teria morrido nas margens de um Igarapé, e sendo dado a este o nome de Capitão Poço. E também outra que os caboclos moradores da beira desse igarapé consideram CAPITÃO como sendo patente, assim por anologia, denominaram CAPITÃO POÇO ao maior POÇO encontrado no referido igarapé e daí o nome de Capitão Poço.

 

3- FUNDAÇÄOíndice

No dia 15 de junho de 1945, chegavam a Capitão Poço 15 colonos nordestinos vindos na maioria de Arraial do Caeté e Peixe-boi. Fizeram o percurso de Ourém à Capitão Poço, em um dia e meio de viajem aproximadamente, abrindo picadas pela mata, nesse local iniciaram as primeiras plantações próximo ao igarapé, caracterizando o início de uma colonização, fizeram o primeiro roçado com a dimensão de 105 tarefas. Capitão Poço naquele tempo era mata pura, onde só existiam indios e madereiros que penetravam explorando a madeira de lei, especialmente CEDRO e FEIJÓ, eram tiradas e conduzidas em forma de jangadas pelo igarapé CAPITÃO POÇO e pelo RIO GUAMÃ, para serem vendidas principalmente em São Miguel do Guamã.
Os pioneiros que chegaram foram:
-Rogério Gomes Coutinho,
-Irineu Gomes Coutinho,
-Joaquim Gomes Coutinho,
-Joaquim Ferreira Coutinho,
-Francisco Gomes Coutinho,
-Antonio Gomes Coutinho,
-Francisco de Paula Aguiar,
-Miguel Coutinho Aguiar,
-José Coutinho Aguiar,
-Manoel Apolônio de Souza,
-Luiz Marques Paiva
-José Alves dos Santos,
-João Bento Barros,
-João Marques Paiva,
-Victor Rodrigues Pessoa.

Em janeiro de 1946, chegavam à esta localidade, mais dois pioneiros, que eram: Raimundo Alves Bezerra e Gracindo Laurindo de Souza. Assim durante o ano de 1946 chegaram outras famílias que se localizaram as margens do Igarapé Capitão Poço nesta localidade.

Em 24 de janeiro de 1947, nascia a primeira criança, nesta localidade de Capitão Poço, era filho do senhor Francisco de Paula Aguiar e Rosena Marques Aguiar, que recebeu o nome de Raimundo Marques Aguiar.

Em 25 de março de 1947, foi celebrada a primeira missa na residência da senhora Filomena Coutinho, pelo Padre Miguel Maria Giambelli, atualmente Bispo da Diocese de Bragança, nesta data foi batizado a primeira criança nascida nesta localidade.

Segundo o Bispo de Bragança D.Miguel Maria Giambelli , na época coadjutor da paróquia de Ourém, na segunda quinzena de março de 1947 , um caçador trouxe-lhe o convite de três famílias cearenses, localizadas até então em um lugarejo desconhecido e perdidos na imensa floresta virgem que ocupava toda a área onde hoje surge a cidade de Capitão Poço. O convite era pra celebrar uma missa e batizar a primeira criança nascida no vilarejo.

No ano de 1948 , foi marcado principalmente pela construção da primeira igreja católica. A sua construção era em taipa e coberta de cavacos tendo como padroeiro Santo Antonio Maria Zacarias. Esse nome foi sugerido pelo Padre. Miguel Giambelli por ser o fundador dos padres Barnabitas, congregação da qual ele fazia parte.

Em 1949 surgiu a primeira barbearia, que era de propriedade do senhor Manoel Barbeiro.

De 1947 a 1950 foi construída a estrada que liga Capitão Poço a Ourém , Isolando assim a vila de Igarapé –Açu.
Em 1951, entrou o primeiro carro de propriedade do senhor MANOEL AIRES.

De 1952 a 1953 continuavam chegando mais famílias a esta localidade, com elas, veio o primeiro dentista de nome JOAQUIM DE SOUZA BRAGA, conhecido por Braguinha e a primeira PROFESSORA que foi a Senhora FLORA ALVES BEZERRA.

No início da década de 60 existiam no local do primeiro roçado um total de 300 casas, distribuídas numa rua principal e algumas travessas. E bom salientar que desde a colonização até o momento atual a população de Capitão Poço foi predominantemente constituída por nordestinos que vinham incentivados por parentes e amigos que já estavam em Capitão Poço, ou mesmo atraídos pelas notícias sobre o lugar.


Verificando o crescimento dessa então parte do município de Ourém, o Governo do Estado tomou providências no sentido de regularizar o loteamento das terras para os colonos. Para isso uma área de 576 Km pertencentes um japonês, foi desapropriada juntamente com outras áreas do Estado para ser ocupada pelo colonos. A facilidade em adquirir Lotes sem pagar e o bom resultado da produção Agrícola, despertou Otimismo entre eles.

Em 1961 a Assembléia Legislativa cria uma comissão de redivisão territorial. Nessa oportunidade, o Deputado Avelino Martins apresentou um projeto, propondo a criação do município de Capitão Poço. Após os estudos necessários, foi aprovada a lei Nº 2.460 de 29 de Dezembro de 1961, e devidamente sancionada pelo Governador Aurélio Corrêa do Carmo, e foi instalado oficialmente em 25 de Maio de 1962.
Em cumprimento a Lei, o governador do Estado nomeou o senhor FRANCISCO FARIAS DE ALBUQUERQUE o primeiro interventor de Capitão Poço, função esta ocupada pelo mesmo até a posse do grupo dirigente referendado pelas Urnas nas eleições Municipais.

A 15 de Novembro de 1961 houve a primeira eleição para eleger o primeiro Prefeito e a Câmara Municipal. Com base no resultado do pleito Municipal de 1961 ficou referendada a distribuição dos cargos públicos da seguinte forma:
PREFEITO: Raimundo Carvalho Siqueira
VICE-PREFEITO: Miguel Coutinho Aguiar
VEREADORES: Manoel Apolônio de Sousa, Joaquim de Souza Braga, Edmundo Ribeiro Tork, Raimundo Alves de Oliveira (renunciou e foi substituído por José Rosa Sobrinho), Pedro Venâncio da Silva, Abdias Gildo Pereira e Virgílio Medeiros de Aguiar. A posse deu-se no dia 23 de dezembro de 1962 e permaneceram no poder até 31 de Dezembro de 1966.
Ainda no ano de 1962 chegava o primeiro médico a residir nesta Cidade, o Doutor Edílson Abreu, juntamente com o Pretor Dr. Romão Amoedo.


3.1-OS PREFEITOS E VEAREADORES SEGUINTES FORAM:índice


2º - PREFEITO: JOSÉ LAGE MAIA 31.01.1967/30/01/1971
- VICE-PREFEITO: MANOEL APOLÔNIO DE SOUZA
- VEREADORES:
- Antonio Rufino de Souza,
- Antonio Felix Pereira,
- José Rosa Sobrinho,
- Joaquim de Souza Braga,
- José Coelho Filho
- Manoel Pinto Ferreira
- Otaviano Lopes de Oliveira

3º - PREFEITO: MANOEL APOLONIO DE SOUSA 31.01.1971 /30.01.1973
VICE-PREFEITO: EURICO SIQUEIRA NETO
VEREADORES:
-Maria de Nazaré Barbosa de Souza
-Miguel Coutinho Aguiar,
-Antonio Braz de Souza,
-Nazareno Nonato Ferreira,
-José Rosa Sobrinho,
-Joaquim de Sousa Braga,
-Manoel Pinto Ferreira,

4º - PREFEITO: MIGUEL COUTINHO AGUIAR 31.01.1973 /30.01.1977
VICE-PREFEITO: JOSÉ ROSA SOBRINHO
VEREADORES:
- Francisco Ferreira Freitas,
- Antonio Felix Pereira,
- Eurico Siqueira Neto,
- José Rufino de Souza,
- José Clemente da Silva,
- Francisco Belo de Oliveira,
- Nazareno Nonato Ferreira

5º - PREFEITO : ANTONIO FELIX PEREIRA 31.01.1977/ 30.01.1983
VICE-PREFEITO: EURICO SIQUEIRA NETO
VEREADORES:
- José Joaquim de Souza,
- José Rosa Sobrinho,
- Joaquim de Souza Braga,
- Francisco Belo de Oliveira,
- Francisco Marques de Sales,
- Manoel Apolônio de Souza,
-Nazareno Nonato Ferreira,(falecido em 02.01.81 e substituído pelo suplente Moisés da Paz Fontes Oliveira).

6º - PREFEITO : EURICO SIQUEIRA NETO 31.01.1983 / 30.12.1988
VICE-PREFEITO: MANOEL APOLÔNIO DE SOUZA
VEREADORES:
- Antonio Marques da Rocha,
- Antonio Apolônio Aguiar,(renunciou e foi substituído em 20.10.86 pelo suplente Pedro Furtado de Sousa)
- Francisco Belo de Oliveira,
- Francisco Ferreira Freitas,
-Francisco Marques de Sales, (faleceu em 11.01.84 e substituído pela suplente Raimunda Matos Lobato).
- Lorivaldo Alves Gontijo,
- Geraldo Pereira Lima,
- Moisés da Paz Fontes Oliveira,
- Raimundo Alves de Moura


7º - PREFEITO: JOSÉ RUFINO DE SOUZA 01.01.1989 / 31.01.1992
VICE-PREFEITO: LOURIVALDO ALVES GONTIJO
VEREADORES:
- Alcides Martins da Cunha,
- Alzair Medeiros de Farias,
- Francisco José Pacheco Pinto,
- Pedro Furtado de Souza,
- Fernando Fernandes de Lima,
- Joaquim de Souza Braga,
- Eustáquio Silva da Paixão,
- Raimundo Braga de Souza,
- Santo Picanço de Lima.

8º -PREFEITO: MANOEL COUTINHO AGUIAR 01.01.1993 /31.01.1996
VICE-PREFEITO: MANOEL ALADIR SIQUEIRA
VEREADORES:
- Fernando Fernandes de Lima,
- Alzair Medeiros de Farias
- Francisco Gregório da Silva
- Alcides Martins da Cunha
- Carlos Benedito Coutinho Aguiar
- Enoque Paulino de Souza
- Francisco José Pacheco Pinto
- Jose Ribamar Ferreira dos Santos
- Valdir de Souza Maria


9º -PREFEITO : JOSÉ RUFINO DE SOUZA 01.01.1997 Falecido em 27/04/99 e substituído pelo vice
VICE-PREFEITO: JOSÉ RAIMUNDO DE OLIVEIRA 28/04/1999/ 31.01/2000
VEREADORES:
- Francisco José Pacheco Pinto
- Maria do Socorro Araújo
- Manoel Osmar Araújo da Silva
- Antonio Alves dos Santos
- Raimunda Gregório da Silva
- Fernanda Moreira de Lima
- Erotilde Coutinho
- Carlos Benedito Coutinho Aguiar
- José Demar Fonteles

10º-PREFEITO: JOSÉ RAIMUNDO DE OLIVEIRA 01.01.2001 / 31.01.2004
VICE-PREFEITO- CARLOS BENEDITO COUTINHO AGUIAR
VEREADOR:
- Enoque Paulino de Souza
- Francisco Gregório da Silva
- Antonio Torres Pinheiro
- Erick da Costa Monteiro
- Genival Medeiros de Aquino
- Maria Lenir Moreira de Lima
- Jusceline F. de Oliveira
- José Ribamar Ferreira dos Santos Junior
- Maria do Socorro Araújo
- Manoel Osmar Araújo da Silva
- Edmilson Augusto Lima
- Josimar Coutinho Aguiar
- Simão Teixeira Mota


11º-PREFEITO: FRANCISCO GREGÓRIO DA SILVA 01.01.2005/
VICE-PREFEITO: DEUSINETE ALVES FREIRE
VEREADORES:.
- Simão Teixeira Mota
- Amilton Cordeiro dos Santos
- João Valdenor Teixeira Ferreira
- Mirlene Gomes Cordeiro
- Antonio Bento Freire
- Fernanda Moreira de Lima
- José Orlando Paulino de Souza
- José Eldes Aguiar Bezerra
- Josimar Coutinho Aguiar
- José de Sales Coutinho Aguiar.

QUADRO DEMONSTRATIVO DOS EX-PREFEITOS
PREFEITOS
VICE-PREFEITOS
PERÍODO
Francisco Farias de Albuquerque
--------------------
20/03/62 a 22/12/62
Raimundo Carvalho Siqueira
Manoel Coutinho Aguiar
23/12/62 a 30/01/67
José Lage Maia
Manoel Apolônio de Sousa
31/01/67 a 30/01/71
Manoel Apolônio de Sousa
Eurico Siqueira Neto
31/01/71 a 30/01/73
Miguel Coutinho Aguiar
José Rosa Sobrinho
31/01/73 a 30/01/77
Antônio Felix Pereira
Eurico Siqueira Neto
31/01/77 a 30/01/83
Eurico Siqueira Neto
Manoel Apolônio de Sousa
31/01/83 a 31/12/88
José Rufino de Sousa
Lorival Alves Gotijo
01/01/89 a 31/12/92
Manoel Coutinho Aguiar
Manoel Aladir Siqueira
01/01/93 a 31/12/96
Jose Rufino de Sousa
José Raimundo de Oliveira
01/01/97 a 16/07/98
José Raimundo de Oliveira
Carlinhos Aguiar
17/07/98 a 01/01/05
Francisco Gregório da Silva
Deuzinete Alves Freire
01/01/2005 a XXX
Manoel Aladir Siqueira
Aldomar Aarão Monteiro
XXX

 


4- POPULAÇÃOíndice

Capitão Poço hoje, é uma Cidade bem desenvolvida, pois de acordo com o senso realizado em 2004 , a cidade possui uma área de 2.715 Km e 55.000 mil habitantes, distribuídos em 63 comunidades, sendo na zona urbana 23.000 e na zona rural 30.000 pessoas, 27.200 do sexo masculino e 25.800 do sexo feminino.

5- INFRA-ESTRUTURAíndice

Contamos com 103 Escolas Municipais e 38 Escolas Estaduais incluindo o Colégio Padre Vitaliano Maria Vari e o Colégio Terezinha Bezerra Siqueira que oferecem o 1º e 2º graus e a Escola Osvaldo Cruz que oferece o programa EJA (supletivo) do 2º grau.

Há diversas Empresas Estaduais , Federais e Particulares como: CORREIOS E TELÉGRAFOS, EMATER, SAGRI, IPASEP, ADEPARÁ, SEFA, TJE, URE, INCRA, DETRAN, POSTO INDÍGENA,DELEGACIA DE POLÍCIA, QUARTEL DA POLÍCIA MILITAR, HOSPITAL E MATERNIDADE DO POVO, CLÍNICA CIRURGÍCA E GINECOLÓGICA DO PARÁ, HOTEL NEW TOKYO etc.


A cidade oferece três estabelecimentos bancários: BANCO DO BRASIL, BANCO DO ESTADO DO PARA S/A e Posto da CAIXA ECÖNOMICA FEDERAL.

6 – MEIOS DE COMUNICAÇÃOíndice

Como meio de comunicação, o município conta com um prédio dos correios. O primeiro posto funcionou no prédio da prefeitura de Capitão Poço. O segundo posto funcionou na travessa Rogério Coutinho e atualmente esta situado na avenida 29 de dezembro, nº 1173, atende a população pelo telefone 3468-1200. O cadastro da empresa foi feito em 31/05/1974.
A empresa conta com os seguintes serviços:
Na área postal:
- Postais de cartas simples e registradas;
- SEDEX;
- Vale Postal;
- Encomenda Normal;
- Encomenda Petipaque (internacional);
- SEED – Serviço de Entrega a Domicílio;

Na área do banco Postal (instalado em 09/1010/02)
- Abertura da conta;
- Depósito;
- recebiento de contas;
- Pagamento de INSS.

6.1 – O JORNALíndice

O município conta também com o jornal “Informativo Popular”, que foi fundado em março de 1997, tendo a ultima edição da primeira etapa em dezembro de 1997, com oito páginas. Formato de tablóide, o primeiro mês exemplar teve distribuição gratuita.

O sistema de serigrafia era realiza da grafica do Flávio Cruz “Gráfica Aquarela”, com três mil exemplares. Na época o diretor responsável era Flávio Cruz em parceira com Genádio.

Na segunda edição, o jornal tinha dimenções maiores,ou seja,igual a de hoje.

partir de junho passou a ser impresso em OFF SET cp, Genaldo seu irmão sendo seu parceiro, entretanto com o lado finaceiro, sendo que o Círia continuava auxiliando na escrita.

Até então o jornal era em preto e branco, tendo sua ultima edição em dezembro em virtude da mudança de Genádio para Belém.

Genádio voltando a Capitão Poço resolveu retomar seu trabalho de jornalista e produziu sua nova edição em janeiro de 2005, destavez o jornal continha doze páginas com capa e contra capa em cores.

A matéria de maior impacto no retorno foi o impasse na prefitura local.

Em junho duas páginas das ja existentes passaram a ser reproduzidas em cores.

Endereço atual da redação:
Avenida Moura Carvalho, nº 1555

7 - MEIOS DE TRANPORTE EXISTENTESíndice

O transporte terrestre no município é composto por carros de pequeno e grande porte, particulares e de empresas privadas como: TRANSCORINTO, TRANSERALDO E BOA ESPERANÇA, ônibus os quais fazem linha de intercomunicação com municípios visinhos e a capital do estado, e outros transportes como motos, bicicletas e charretes. Não ha linhas de ônibus circular. Quanto ao transporte fluvial, é mais utilizado pela população ribeirinha.

As rodovias mais importantes que cortam o município, permitindo a integração intermunicipal são: PA -124 – Ourém – Garrafão do norte – Nova Esperança do Piriá e PA – 253 – Iritúia.
Em 1951 entrou o primeiro carro aqui em Capitão Poço, que era de propriedade do senhor Manoel Aires.

8 - SERVIÇO DE SANEAMENTO BÁSICOíndice

O município possui serviço de abastecimento de água sob a administração da Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA), fundada em julho de 1976.
A captação de água é feita através de uma bateria de poços artesiano localizados no subsolo a aproximadamente doze metros de profundidade em média. A agua sagada por um sistema de vácuo para em seguida ser armazenada em reservatórios para ser feira sua distribuição.

A água é distribuida para as residências através de canalização de redes, todas em PVC com ramais individuais.

Hoje temos pertencentes a COSANPA, o centro com vinte e trêz poços e distribuídos nos seguintes bairros: Goiabarana, IPASEP II e a Prefeitura com seio micro-sistemas, A cCOSANPA recomenda que apesar de termos água de boa qualidade é necessário que tenhamos certos cuidados como: o uso de filtros e esterilização devido as quebras de redes. Nos vazamentos acontecem infiltrações na rede de distribuição podendo chegar até as residencias. A cidade não possui sistema de esgotamento sanitário, são adotados o uso de fossas do tipo séptica e negra para a destinação de dejetos.

9 – SAÚDEíndice

Em Capitão Poço existe UBS do tipo II (Unidade Básica de Saúde) sua inauguração foi no mês de dezembro de 1978. O município oferece os seguintes atendimentos: PASMIC (Programa de Assistência a gestantes e nutriceses); PASC( Programa de assistência a criança); imunização (vacinas); Consultas médicas com 16 atendimentos para cada médico; Serviço Ambulatórial e Laboratorial; Consultas de infermagem; Tratamento de TB (tuberculose); MH(mal de hanseníase); Hipertensos; Doenças mental (medicamentos controlados); Tratamento odontológico; PCCU (preventivo); Teste do pezinho; Diabéticos.

São atendidas em média 16 crianças e 16 gestantes por dia.

Existem postos de saúde em algumas localidades do interior como:
-Açaiteua;
- Arauaí;
- Boca Nova;
- Capitão Pocinho;
- Caraparú;
- Igarapé Açu;
- Nova Colõnia;
- Induazinho;
- Saõ Pedro;
- Pacuí Mirim

Em Santa Luzia, o atendimento é oferecido pelo PSF( Programa de Saúde da Família).

Existem ainda outras formas de atendimento médiico a nível particular ou com convênio como: hospital, clínico e consultório particulares.

10 - O MUNICÍPIOíndice

10.1 - ZONA URBANA

As famílias pioneiras que iniciaram a colonização do lugar, em 1946, estabeleceram-se próximas ao Igarapé Braço do Antero. A rua principal, trecho da PA - 124, atual Avenida 29 de Dezembro foi o berço da vila de oito casas e da pequena Igreja, sítio inicial da Cidade de Capitão Poço.

No ano da emancipação, 1961, o núcleo urbano era constituído basicamente pela Avenida 29 de Dezembro e por algumas poucas travessas que partiu do seu lado esquerdo em direção às margens do igarapé. Do outro lado da Avenida, localizavam-se a Praça da Igreja e atrás dela o Cemitério.

A população Urbana era de 6.663 habitantes, equivalentes à metade da população rural de 13.286 habitantes feitas a partir de dados censitários.

Em apenas 3O anos a população urbana alcançou o patamar de 15.191 habitantes, os limites da cidade ultrapassaram a faixa de 300 hectares. Hoje em dia, Capitão Poço é um pólo importante em sua região, ocupando a posição mantida até então por Ourém, de onde se originou.

Entrei 1961 e 1970, de uma pequena ocupação o povoado cresceu para uma extensão de aproximadamente 40 habitantes. Embora esta área seja equivalente a menos de dois lotes agrícolas, representa um grande crescimento para um período de apenas 9 anos. O sítio inicial se expandiu até às margens do Igarapé Braço do Antero, formando o que é o Bairro Central.

Em 1971e 1980, a área do sítio urbano aumentou aproximadamente para 120 hectares o que representa um crescimento em tomo de 2000/0 no período. Nesse movimento de expansão, a cidade atravessou o Igarapé Braço do Antero, rumo a Oeste, ultrapassando ainda o Igarapé Goiabarana, formando dois novos bairros, Tatajuba e Goiabarana. Essa nova ocupação alcançou as áreas alagadas próximas aos igarapés, iniciando-se um processo ele aterramel1to de algumas dessas áreas, inclusive do próprio leito dos igarapés, surgindo também números de edificações sobre os mesmos.

Nessa década começaram a despontar como artérias importantes, além da Av. 29 de Dezembro as Travessas Tatajuba e 23 de Dezembro e a Rua Moura Carvalho.

No início de 1981, a pressão exercida pelo crescimento populacional resultou no surgimento de grandes loteamentos promovidos tanto por particulares quanto pela administração municipal. Dessa forma, a área do sítio urbano atinge aproximadamente 345 hectares, resultante de um crescimento da ordem de 200% em relação ao espaço físico territorial ocupado na década anterior. Nesse período, consolidou-se a ocupação dos bairros mais importantes: Centro, Tatajuba e Goibarana, bem como a ocupação ao longo da Avenida 29 de Dezembro concentradora de atividades, e, portanto estruturadora do espaço urbano.

A cidade apesar do seu crescimento a população sofrem com falta de saneamento e também das placas indicativas de trânsito.
O núcleo urbano é composto de 13 bairros que são: Centro, Tatajuba, Goibarana, Gasolina, DER, Conjunto dos Professores, Marupá, Jardim Tropical, Vila Nova, Vila Providência, Coutilândia, JR e Eurico Siqueira.

Na zona urbana estão localizados: prédios, casas, bancos, lanchonetes, lotérica, correios, terminal rodoviário, lojas, supermercados, escolas, universidade, prefeitura, câmara municipal, igrejas, hospitais e vários clubes e associações como: Lions, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Associação Lamparina, Sintep, AABB, Surucuá, Clube dos Compadres, Associação dos Idosos e Pastoral da Criança dentre outras.

10.2 - ZONA RURALíndice

Na zona rural, está localizado as áreas produtoras das mais diversas culturas de nossa região com uma produção de subsistência e com um excedente que muito contribui para o desenvolvimento econômico da cidade com suas exportações para outras regiões do Brasil e do exterior. É na zona rural que se encontra a maior produção de citros e de pimenta-do-reino da Região Guajarina.
Na comunidade rural de Capitão Pocinho, a Citropar (Cítricos do Pará S/A), é uma empresa geradora de empregos e renda para o município.
Exporta uma grande quantidade de citros para o mercado nacional e internacional.
Outro fator de grande importância para a economia da região é a pimenta-do-reino, Pois a mesma tomou-se um grande fonte de renda para os produtores de Capitão Poço.
A introdução da cultura da laranja, aliada ao apóio dado pela Secretaria de Estado de Agricultura SAGRE e a EMA TER, as condições favoráveis de clima, solo e mercado ao interesse dos agricultores, proporcionaram incremento considerável ao cultivo da laranja neste município, que hoje tem, aproximadamente, dois milhões de pés, privilegiando o município como o maior produtor da Região Norte.
Além dessas culturas, também contamos com o cultivo de maracujá, mandioca, feijão, milho, arroz, banana e outros, Sem falar na pecuária que com a criação de gados que eleva o município a um índice de desenvolvimento considerável na economia local e regional.

A zona rural do município é composta de 96 comunidades com uma população em tomo de 26 mil pessoas.

Relação das comunidades do Município de Capitão Poço
01- Arauaí
02- Açaiteua
03- Ajará
04- Açaizinho
05- Acapú
06- Alto e Baixo
07- Alto Pacuí Claro
08- Ajará de Baixo
09- Bom Jardim
10- Boa Esperança
11- Barro Verme1ho
12- Boca Nova
13- Braço Grande
14- Bonito
15- Boca Velha
16- Baixo Pacuí
17- Bacaba
18- Coração de Jesus
19- Corrente do lnduá .
20- Capitão Pocinho
21- Cabiceira
22- Cezaréia
23- Caraparú
24- Carrapatinho
25- Cupixaua
26- Cumarú
27- Caxinguiua
28- Cacurí
29- Cubiteua
30- Cantareira
31- Caranandeua
32- Cachoeirinha .
33- Castanhal Grande
34- Caranã
35- Cipoal
36- Centro do lnduá
37- Colônia do Japonês
38- Castelo
39- Colônia Icó
40- Farol
41- Grota Seca
42- Grande Tininga
43 - Induazinho
44- Igarapé Grande
45- lacaiacá do Pedoca
46- lacaiacá Vila Nova
47- Induá do Meio
48- Igarapé Açu de Baixo
49- Igarapé Açu do Alto
50- 19arapé Açu
5 1- lacaiacá
52- Jariteua
53- Jaritequara
54- Juquiri
55- Jacamim
56- Jararaca
57- Marambaia
58- Macaranduba
59- Muriá
60- Mocambo
61- Maria Tereza
62- Memória
63- Nova Colônia
64- Narcisa
65- Pacuí do Meio
66- Pico do Arauaí
67- Pirí 68-Pantoja
69- Pacuí Claro
70- Pacuí Mirim
71- Pacuí Santana
72- Pacuí Açu
73- Pensamento
74- Quebra Perna
75- Ressaca
76- Sítio Estrela Dourada
77- Sombrinha
78- Santa Luzia
79- São Pedro
80- São João
81- Sapupema
82- São Sebastião
83- Sempre Viva
84- São José da Boa Vista
85- Tv. Santo Antonio
86- Tv. São Francisco
87- Timbó
88- Trapiche
89- Tauari
90- Tininga
91- Tv. São Benedito
92- Tv. Santana
93- Tv. Carrapatinho
94- Uéua
95- Vila Sião
96- Vista Alegre

11 - LIMITESíndice

Os limites do Município de Çapitão Poço são marcas reais ou imaginárias que tração o município, ou seja, que determinam seu tamanho, seu formato e o lugar exato onde se localiza.

O Município de Capitão Poço limita-se ao Norte, com o Município de Ourém, etcse limite é indicado pelo rio Guamá;

O Leste com o Município de Garrafão do Norte;

Ao Sul com o Município de Santa Luzia do Pará;

E a Oeste, com o Município de Iritua.

12 - CLIMAíndice

Em Capitão Poço o clima é quente e úmido, apresentando temperaturas elevadas que variam de 26°C a 33°C apesar do calor durante o ano todo chove muito, o que faz do nosso clima equatorial.

13 - VEGETAÇÃOíndice

No nosso município se desenvolvem naturalmente diferente tipo de plantas, que forma a vegetação original ou natural, sendo predominante, as matas de igapó:

As florestas com árvores próximas uma das outras também fazem parte da nossa região e também da nossa vegetação original, de formaa agressiva, ao meio ambiente: desmatamento, queimadas e destruição dos igarapés são fatores comuns que contribuem para a destruição da natureza.
Por isso, temos que preservar para assegurar um futuro melhor para todos os seres vivos existentes no planeta.

14 - HIDROGRAFIAíndice

O município é cortado por vários igarapés, possui vários rios como: o Rio Induá, o Rio Tauari, Arauaí, Iacaiacá, Igarapé Açu, Braço do Antero e Goiabarana, sendo os dois últimos que banham a sede do município formando um terceiro Igarapé chamado Capitão-Poço. O único rio do município é o Guamá., faz divisa com os Municípios de Ourém e Garrafão do Norte.

15 - ECONÔMIAíndice

Toda a economia do município se apóia nas atividades agrícolas - em primeiro plano - e na pecuária. O comércio e a prestação de serviços têm importância secundária, mas relevante, atrelados à atividade básica, enquanto a indústria é incipiente.

Confirma-se tal situação pelo modo como a população economicamente ativa está distribuída pelos diversos setores. Segundo dados da prefeitura, o setor agrícola absorve 70% do total da população, com 40% na citricultura. Cerca de 10% estão envolvidos na pecuária. O comércio absorve 15% e os 5% restantes se dividem entre as demais atividades - indústria e extrativismo.

Para melhor entendimento, são descritos a seguir os aspectos referentes a cada setor, apesar do tema economia ter sido discutido nos fóruns de forma globalizante. Por isso, ao final da descrição, apresenta-se os quadros resumos tal e qual foram produzidos nas reuniões.

15.1 - AGROPECUÁRIAíndice

A economia de Capitão Poço, desde sua colonização está relacionada à agricultura, iniciando com cultivos' de substância para, em período relativamente curto, desenvolver culturas industriais, atingindo posição de destaque em algumas delas.

O quadro 4 demonstra essa observação, destacando a posição do município em relação à do Estado, no qüinqüênio 1982/1986.

CULTURA - POSIÇÃO DO MUNICÍPIO EM RELAÇÃO A DO ESTADO 1982/1986
ALGODÃO HERBÁCEA 1º Lugar
FEIJÃO VIGNA 1º Lugar
PIMENTA – DO - REINO 3º Lugar
MALVA 4º Lugar
COCO DA BAHIA 5º Lugar
BANANA 7º Lugar
MANDIOCA 8º Lugar
MILHO 9º Lugar
ARROZ 43º Lugar
Fonte: FIBGE – julho/1987

Na década de 70, sobressaíram-se as produções de pimenta-do-reino e algodão que, por se tratarem de culturas de exportação, foram responsáveis por um período áureo da economia do Município, permitindo que os produtores aumentassem seus lucros, investindo na bovinocultura de corte e dando início ao processo de mecanização agrícola.

Em 1977, o agricultor Antônio Soares Neto introduziu a cultura da laranja, com apoio da Secretaria de Estado de Agricultura - SAGRI e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará - EMATER/PA. As condições favoráveis de clima, solo e mercado, aliadas ao interessedÓs-ag-rícuif6res, proporcionaram incremento considerável ao cultivo da laranja em Capitão Poço, que hoje tem, aproximadamente, dois milhões de pés, privilegiando o Município com o maior produtor da Região Norte.

CULTURAS – 1989/1991
ESPÉCIES
ÁREA
PLANTADA
(BA)
N° DE PÉS 1991
SAFRA
(MESES)
 
PROOUÇÃO TOTAL (ton)
PLANTADOS EM PROD.
89
90
91
Laranja (1) 6.723 2.000.400 1.000.500 Set/Out/Nov 91.392 282.122 600.000
Maracujá 3.846 3.846.000 3.000.000
Ano todo
6.422 82.745 38.000
Mandioca 6.010 60.100.000 31.300.000
Ano todo
38.220 40.950 47.498
Feijão(caupi) 3.000 85.710.000 85.710.000
Jun/Jul
2.100 1.750 2.100
Milho 1.200 2.400.000 2.400.000
Abr/Maio
840 1.050 840
Algodão 1.800 74.998.800 74.998.800
Jul/Ago
1.500 1.607 900
Pimenta-da-reino 1.480 2.368.000 2.240.000 Set/Out/Nov 5.223 4.608 4.480
Banana (2) 340 130.000 126.000
Ano todo
420.000 480.000 378.000
Arroz 400 44.444.000 44.444.000
Mar/Abr
280 350 280
Malva 400 16.000.000 16.000.000
Ano todo
2.000 1.000 320
Fonte: Comissão Municipal de Estatística Agropecuária - COMEA/1992
Nota: (1) Produção em 1.000 Frutos
(2) Produção em Cachos

A produção de leite, vem evoluindo significativamente, embora haja necessidade de melhorar o rebanho com a aquisição de reprodutores e matrizes de boa qualidade. O quadro 6 permite observar essa evolução no triênio 89/91.

No setor agropecuário, a terra é tido como um dos principais meios de produção e considerada também como fator de estabilidade sócio-econômica. Segundo dados do IBGE, 93% dos estabelecimentos rurais possuem áreas inferiores a 100 ha, ocupado cerca de 75.000 ha (quadro 7). Em contrapartida, apenas 0,1% do total de estabelecimentos representam mais de % da área rural do Município, demonstrando claramente uma forte concentração de terra.

Essa situação, entretanto, poderá ser modificada, pois segundo a determinação do Decreto Federal n° 433, de 24 de Janeiro de 1992, e informações do INCRA, estão previstas as desapropriações dos imóveis denominados "Fazenda Simeira" e "Fazenda Cia. Agropecuária", localizadas ao sul do Município, onde já residem cerca de 2.000 famílias. Segundo ainda o INCRA, deverão ser assentadas outras 2.000 nessa área e em áreas de municípios vizinhos.

Observa-se que a maioria dos agricultores do Município ainda não possuem título definitivo de terra, o que vem prejudicando sobremaneira um crescimento mais significativo do setor agropecuário, principalmente no que diz respeito ao crédito rural, uma vez que o documento de propriedade quase sempre $ considerado imprescindível. Entretanto; as pequenas famílias que habitam as áreas chamadas "patrimônio", já estão com seus processos de regularização de terra em tramitação no INCRA, encaminhados pela Prefeitura Municipal.

Até a década passada, foi o crédito rural um dos principais responsáveis pelo crescimento do setor agropecuário do Município. Na época ,coube ao Banco do Brasil a maior parcela dessa responsabilidade, quanto a cultura de subsistência e de exportação, além da criação de bovinos de corte, foram impulsionados. O algodão não continuou despontando como um dos principais cultivos da região, por terem sido tanto o fomento quanto a comercialização monopolizadas por uma única firma ¬Capanema Agroindustrial S/A. Sem concorrência e com preços pouco satisfatórios e oscilantes no mercado externo da época, o decréscimo da produção foi inevitável.

CRIAÇÃO - 1989/1991
ESPÉCIE ÁREA OCUPADA (HÁ)
N° DE CABEÇAS (EM 1.000)
89
90 91
Bovino/corte 36.000 34.000 35.308 36.368
Bovino/leite 500 - - 500
Ovino 82 740 780 820
Caprino 40 380 405 425
Suíno - 7.975 8.055 8.135
Aves - 75.545 88.107 88.852
Eqüídeos (1) - - 3.470 6.000
Bufalo - - 200 150
Fonte: COMEA - Comissão Municipal de Estatística Agropecuária/1992
(1) Eqüinos, asininos e muares.

 

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS POR GRUPOS DE ÁREA E ÁREA RURAL
OCUPADA
Grupos de área (ha)
Número de
estabelecimentos
Área Rural Ocupada (ha)
ABS.
%
ASS.
%
Menos de 10 862 27,40 2.308 0,95
10 a menos de 100 2.071 66,00 72.967 30,27
100 a mesmos de 1000 188 6,00 39.112 16,23
1000 a menos de 10.000 15 0,50 58.411 24,25
10.000 a mais 3 0,10 68.224 28,30
Total 3.139 100 241.022 100
Fonte: IBGE/1991

Após a promulgação da Carta Magna de 1988, teve início o programa do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte-FNO, através do qual já foram elaborados projetos pela EMATER/PA, envolvendo as culturas do maracujá e da laranja e aquisição de implementos agrícolas para alguns agricultores de Capitão Poço.

Durante todo o período, desde a década de 60, o serviço de assistência técnica e extensão rural, através da EMATER/PA, vem tendo um papel fundamental no desenvolvimento de Capitão Poço. Papel este conquistado através do repasse de novas tecnologias de produção, adaptadas à realidade local, assim como no fortalecimento do trabalho de organização comunitária. Hoje, com a elaboração e a implementação de programas e projetos de apoio à família rural - respaldados na discussão conjunta dos problemas locais, associados ao contexto sócio, político, cultural e econômico global - espera-se envolver de forma concreta todos os segmentos da sociedade civil e pública, formal e informal na busca de soluções viáveis e melhor adaptadas à realidade, resgatando-se o preceito de plena cidadania do homem do campo, no exercício do processo de municipalização de todas as ações.

15.2 - EXTRATIVISMOíndice

O extrativismo em Capitão Poço, de forma geral, está associado ao rande poder econômico. Inclui-se nesta observação a exploração da madeira-de-lei que no Município é expressiva, apesar de ter apresentado um ligeiro decréscimo entre 1983 e 1987, conforme se pode verificar pela quantidade e valor da produção da madeira em tora.

Pelo número e porte das serrarias existentes (oito de médio porte), todas localizadas na sede do Município, pode-se inferir que o beneficiamento da madeira não é responsável pela maior parte do volume extraído, presumindo-se, portanto, que esta se destina a outros municípios.

Essa incerteza quanto ao destino da produção da madeira deve-se principalmente ao isolamento da área ao sul do Município em relação ao distrito sede, contraposto a facilidade de acesso aos municípios vizinhos de Mãe do Rio, Aurora do Pará, Ipixuna do Pará e Paragominas . Evidencia-se, ainda, que a falta de fiscalização sobre essa atividade compromete também a arrecadação de impostos pelo Município.

Dessa forma, fica claro que uma das medidas de controle da exploração madeireira depende da expansão da malha rodoviária do município, que facilite a fiscalização mais rigorosa pelos órgãos competentes.

O extrativismo mineral se restringe à exploração de brita e, com menos expressividade, de areia, barro e pedra para fins de construção civil.

A primeira ocorre na fazenda GRUPO JANASA, que se encontra momentaneamente suspensa, em virtude do processo de tombamento da área iniciada pela Prefeitura junta à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Vale ressaltar que essa atividade vinha ocorrendo de forma depredatória, uma vez que utilizava explosivos na extração do minério, o que comprometeu também o entorno da cachoeira localizada na mesma fazenda e que motivou o pedido de tombamento.

A preocupação da população local com o aproveitamento irracional das riquezas naturais do município manifestou-se nos fóruns, sendo indicada como solução, entre outras, a discussão de critérios para exploração e comercialização racional da produção mineral e madeireira.

QUANTIDADE E VALOR DA PRODUÇÃO DA MADEIRA EM TORA
ANO
Quantidade (m³)
Valor (CR$ 1.000;00)
1983 6.000 33.000
1984 5.500 88.000
1985 8.000 315.000
1986 5.670 1.134(*)
1987 5.387 5.225(*)
Fonte: IDESP. Anuário estatístico do Estado do Pará, 1982, 1989.
(*) Valor em cruzados (1.000)

15.3 - INDÚSTRIAíndice

Representado o setor secundário da economia, as indústrias existentes em Capitão Poço, quantificadas no quadro 9, não constituem um cenário satisfatório ao beneficiamento da produção extrativista e da agropecuária. Nesses termos, a maior representatividade se dá na indústria madeireira, serrarias e algumas usinas de beneficiamento de arroz, localizadas na própria sede municipal.

Outras atividades industriais são de linha semi-artesanal ou manufatureiras, como metalurgia, movelaria, sorveteria e padaria, que mesmo somadas às primeiras não caracterizam a relevância deste setor para a economia do Município.

Capitão Poço hoje ostenta hoje a posição de maior produtor de laranja do Pará, abastecendo a capital e até mesmo outros estados, mantendo também a boa produção de maracujá e pimenta-do-reino, além de já existirem estudos e experiência de aclimatação e implantação, por parte da EMATER/PA, da cultura de acerola. Com um quadro agropecuário bastante desenvolvido, mas com tendência a crescer até mesmo na produção de gado de corte e de leite - seria de grande importância ao impulso da economia do Município, além de trazer novos horizontes aos produtores, a viabilização do beneficiamento da produção do setor primário.

Confirmando estas afirmativas, foram levantados como problemas do setor, nos Fóruns Urbano Rural, a falta de uma fábrica para beneficiar laranja, maracujá e acerola e a insuficiência de leite natural para o consumo. Lógicas, as soluções sugeridas foram a construção de uma fábrica para o beneficiamento destes produtos, o incentivo à produção de leite no município o aproveitamento do leite para a fabricação de seus derivados. Medidas que poderão ser viabilizadas através de incentivo das instituições governamentais e da iniciativa privada; elaboração de projetos; criação de minifábricas para o aproveitamento dos frutos ao nível de comercialização; agilização no processo de legalização da terra; além de uma maior divulgação da política agrícola.

 

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS

Estabelecimentos
Quantidade
Padarias 09
Sorveterias 03
Madeireiras 08
Movelarias 04
Metalurgias 02
Olarias 02
Material bélico 01
Beneficiamento de arroz 01
Total 33
Fonte: Setor de Cadastro e Tributação - PMCP/1992

15.4 - COMÉCIO E SERVIÇOíndice

A atividade comercial na cidade de Capitão Poço é bastante intensa e desenvolvida, conforme se pode observar pela quantidade de estabelecimentos de médio e pequeno portes, bem como pela variedade de mercadorias à disposição, Esta característica se deve não só à própria dinâmica interna do Município, como também á atração que o mesmo exerce sobre os municípios vizinhos de Ourém, Garrafão do norte e Nova Esperança do Piriá.

Salienta-se que muito dos produtores ofertados estão associados à vida no campo, como artigos e equipamentos para a agropecuária, o que se justifica pelo o fato da economia local estar sustentada nesse setor.

Outra especificidade do comércio local é a não interrupção do funcionamento no período de almoço, comportamento que se ajusta ao horário de partida dos ônibus para as localidades do interior, permitindo à população do campo aproveitar, da melhor maneira possível, o tempo de permanência na cidade para resolver problemas diversos e, ainda, abastecer-se antes da partida.

Os quadros seguintes apresentam os números de estabelecimentos segundo classificação do Setor de Cadastro e Tributação da Prefeitura. No comércio varejista, predomina o "comércio em geral", que inclui os mais variados artigos, entre vestuário, móveis, ferragens, eletrodomésticos e gêneros alimentícios de consumo freqüente ou diário vendidos nas mercearias e padarias.

Destaca-se ainda, o número expressivo de bares existentes na cidade - no total de 54 - seguidos de 28 estabelecimentos que comercializam carne, aves e peixes. Em quantidade bem menor, encontram-se as lojas de produtos de consumo ocasional, como sapataria, fotografia e posto de gasolina.

16 - O CÍRIOíndice

O Círio de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro simboliza o maior ato de fé que penetra em iodos os lares católicos do povo de Capitão Poço. Os fiéis em procissão dirige suas petições em esperança de melhores dias e agradecimentos a padroeira, demonstrando um sentimento de amor a virgem do perpétuo Socorro.

Esse evento religioso mobiliza toda comunidade católica e unem os cristãos em torno da imagem de nossa Senhora, pois para eles tem um significado espiritual muito grande, onde se pode perceber fortes expressões de fé e sacrifício.

Ao lado do sentimento religioso encontra-se o lado festivo em que as famílias aproveitam para confraternizar-se fazendo deste dia uma festa mesclando o popular ao religioso. Não de trata de nenhuma procissão religiosa como se vê em qualquer parte do mundo, pois o Círio é ordenada com entoação de cânticos sagrados com imagem, sendo carregada, tudo na mais completa ordem.

É especialmente nesse dia que o povo capitão pocense católico faz sua manifestação religiosa como o seu dia. Dia em que se esquece de todos os problemas. É também o dia em que se esquece as intrigas e até perdoa-se os inimigos. É o dia do perdão, da confraternização da comunidade.


Ninguém poderá compreender o círio, sem suas origens marcantes. Ele é uma explosão de fé de um povo, percebido por todos que acompanham ou aqueles que apenas observam.

O povo católico expressam de forma variada como receberam milagres: sejam descalço, carregando tijolo, que representa a esperança de uma casa própria, vestido com mortalha, que representa a cura de uma doença difícil etc. Outros optam por sacrifício mais doloroso que é o compromisso ele no primeiro domingo de dezembro puxar a corda da Berlinda, carregando nas costas o compromisso de conduzir a imagem no Nossa Senhora do Perpétuo Socorro durante a trajetória do Círio.

Para conhecer sua origem e sua importância resolvemos elaborar este trabalho de pesquisa no município com pessoas envolvidas na realização do evento, Tais como Léo Mary Fernandes, devoto; Darniana Moura, devota e enfeita a berlinda; Francisco Freitas, devoto e coordenador do círio. Essas pessoas acima citadas nos informaram que o senhor Raímundo Tavares Siqueria pelo fato de ser devoto de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro todas as terças feira ia à Belém assistir a novena, até que comprou uma imagem da referida santa e guardou em sua residência na cidade de Ourém dia 14/11/1963. No dia seguinte o senhor Léo Mary, popular Meríto falou com aS freiras para convidar o povo para em procissão irem buscar a imagem da santa de Ourém para Capitão Poço. As freiras eram as irmãs missionárias de Stª Terezinha, as irmãs: Elza, Ana Lúcia e irmã Ana. Chegando na residência do senhor Raimundo Siqueira, em Ourém, saíram com a imagem para a igreja, onde o Padre Lorenço rezou o terço e logo após colocaram a imagem em um andor e saíram em procissão para Capitão Poço, chegando na Vila Nova às 16 horas, onde muitos fiéis já esperavam e seguiram em direção a capela na rua Moura Carvalho e todos juntos celebraram a missa. Ao findar a celebração, o padre e alguns fiéis saíram para benzer a pedra fundamental, onde hoje é a igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. No ano seguinte, isto é, em 1964, o prefeito Raimundo Siqueira começou a construção da igreja e todo ano os fiéis faziam um festa de arraial em homenagem a Santa. Tendo como objetivo também de angariar fundos para continuar a construção da igreja. Esta festa se realizava no primeiro Domingo de julho mas, por coincidir com a festa de Ourém foi transferido para dezembro e no ano de 1981 realizou-se o primeiro Círio com o Vigário Pedro Rocha.

Os fiéis analisando os "18 anos de festa em honra a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e a crescente população católica entraram em consenso com o padre e realizaram o primeiro Círio, onde a imagem foi conduzida da igreja Matriz Santo Antonio Maria Zacaria em direção a igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Mas não permaneceu em data fixa, houve várias datas, sendo que o atual círio é comemorado no primeiro domingo de dezembro.

17 - AS FESTAS RELIGIOSASíndice

Antonio Maria Zacaria nasceu em Cremona, Itália em dezembro de 1502. Com poucos meses de vida morreu seu pai Lázaro Zacaria. Sua mãe, Antonieta Pescaroli,com 18 anos. Dedicou-se totalmente à sua educação e sua formação humana e cristã.
Santo Antonio Maria Zacaria é o padroeiro da cidade de Capitão Poço e o fundador dos Padres Barnabitas.

17.1 - CAMINHO LUMINOSO DE NOSSA SENHORA DA DIVINA PEROVIDENCIA  índice

Iniciou-se no dia 11 de novembro do ano de 2003, ela Padroeira na comunidade da Vila Quenede, em sinal de amor e respeito e devoção da mãe de Jesus originou-se uma caminhada Luminosa onde seguimos com a imagem até sua igreja em seguida haverá missa e logo após, os festejos em sua comemoração.

17.2 - SANTA LUZIAíndice

A comunidade de Santa Luzia deu início em 1998, um ex-vereador de Capitão Poço Enoque Paulino de Sousa, perdeu a visão durante oito dias, sua esposa juntamente com uma amiga Nena deu uma idéia de invoca a Santa Luzia o senhor Enoque Paulino e sua esposa fizeram uma prece a Deus com a intercessão de Santa Luzia, que se voltasse a sua visão, ele iam em caminhada até a paróquia de Santa Luzia e assistir uma missa e, nesta caminhada ele doava 1000 imagens para os romeiros e doava uma imagem grande paí8 a mesma igreja.

17.3 - SANTA RITA DE CÁSSIAíndice

Iniciou-se no dia 22 de maio aproximadamente no ano de 92 a 93.

"Construíram uma capela", em por devoção de uma mãe sofrida preste a perder sua filha fez uma prece a Santa Rita de Cássia "causas impossíveis", onde se reunião com uma equipe construíram uma capela, e hoje há vários devotos da Santa, onde festejam em sua homenagem.

Em Capitão Poço além da igreja católica existe várias igrejas evangélicas como:
- Quadrangular.
- Adventista do sétimo dia.
- Assembléia de Deus.
- Deus e amor ...

Mas a religião que ainda predomina é a Católica Apostólica Romana .
• As festas evangélicas.
Aniversario da Igreja. Páscoa.
Natal.
Ceia - feita na 2ª terça-feira de cada mês.

17.4 - 49 DE PENTECOSTESíndice

O Pentecostes em Capitão Poço teve seu início em 1956, com o Pastor Jesuíno Ferreira. A seqüência do pentecostes deu-se pelos seguintes pastores:

Estrutura da Assembléia de Deus.
A Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Capitão poço, encontra-se hoje com 550 membros e 611 congregados.

Inauguração do Centro Educacional Pr. Francisco Paz.
o prédio Pr. Francisco Paz, foi iniciado no dia 06 de dezembro de 2001. O Pr. Luciclécio teve a iniciativa, propôs o desafio à Igreja, a qual aceitou, e assim muitos contribuíram nesse projeto. Sendo um dos maiores investimentos já realizados na Assembléia de Deus em Capitão Poço, o prédio tem três pavimentos funciona uma Escola; no segundo, uma Casa pastoral, uma sala para Consultório odontológico.

Palavra do Pastor.
Nós Assembleianos de Capitão Poço, estamos comemorando 49 anos de Pentecoste, o 3° Encontro de Obreiros e também a Inauguração do Centro. Educacional Pr. Francisco paz.

18 - BIBLIOGRAFIAíndice

OLIVEIRA, R.R.R.; SIQUEIRA, E.S.L; RODRIGUÊS, F.M.R.; CORRÊA, M.J.S.; DUARTE, M.C.; PAIVA, M.L.; SIQUEIRA, M.J.L.; ALMEIDA, M.C.L.; FARIAS, R.M.G. Fundação e Progresso de Capitão Poço. Capitão Poço: 2005. 57 p.

*Foto de alguns pioneirosíndice


*Foto de instituições que compõem a infra estrutura índice


*Fotos da cidade antes e depois  índice

 




 


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